domingo, 4 de dezembro de 2011

O sonho

Estava sem sono. A lua cheia clareava a rua. A noite estava misteriosa e me dava uma sensação melancólica. Fui caminhando quieto. Os únicos sons que se ouviam eram dos animais noturnos e de meus passos.
Parei perto da praça, o vento soprou uma leve brisa, que em meus ouvidos sussurrava o meu nome. Não consegui me conter, como se minhas pernas não quisessem me obedecer, fui para dentro de um cemitério.
Chegando perto de uma lápide, tímida e escondida entre dois arbustos, vi uma moça. Sua pele alva fazia-me lembrava da lua que no céu brilhava. Seus cabelos balançavam com a leve brisa que soprava. Perguntei-lhe o que fazia ali e ela respondeu com a sua voz doce que veio visitar uma amiga que havia falecido. Falei-lhe que era muito tarde, para uma linda moça estar no cemitério. Dando um sorriso meigo que aqueceu meu coração, ela disse que essa amiga apareceu em seus sonhos e falou para ela ir até La, pois encontraria uma pessoa que tiraria a dor de seu coração.
Depois, ela se levantou, chegando perto de mim e deu-me um beijo cheio de desejos. Amamo-nos ali até o sol quase nascer. Vesti-me, ela também. Fomos embora. Meu coração explodia de paixão e então acordei, o que tudo parecia por eu ser realidade era só um sonho.
Ouvi um barulho e então abri a janela, vi uma procissão. Desci e perguntei a uma moça o que estava acontecendo. Ela me respondeu que era o enterro de uma moça que morreu ao meio dia.
Decidi segui-los. Chagando ao cemitério abriram o caixão pela última vez. Assustei-me e fiquei em choque: a moça que estava naquele caixão era a minha amada. Joguei-me no caixão e comecei a beijá-la. Seu corpo fio congelou meu coração. Tiveram que me retirar dali.
Depois do enterro, quando todos já tinham ido embora, fui visitar o túmulo de minha amada. Chorei tão desesperadamente, que até os mortos sentiram pena de  mim. De repente ouvi passos vindos em minha direção. Perguntei quem era. Uma voz me respondeu:
Eu sou aquela que acaba com a vida, e põe o sofrimento no coração de vocês, inúteis mortais.
A minha voz, não saia. Vi uma velha esquelética parada na minha frente, ela continuou dizendo:
Sou a morte que leva tudo o que é vivo, aquela que tira o brilho dos olhos das pessoas.
Perguntei-lhe porque estava ali, com um sorriso frio. Ela me respondeu que comemorava com o meu choro. Fiquei abismado, pois nunca imaginei que a morte tivesse sentimentos. Ela disse que em todos os anos nunca viu um amor tão forte e belo. Ela continuou dizendo por longos minutos e a levou para sempre, a minha amada, aquela que eu amei loucamente, como eu nunca havia amado ninguém. Bebi à noite inteira para esquecê-la, mais decidi que se eu queria mesmo esquecê-la, eu deveria morrer também.


Felipe, 2ºA (EM)

Último Adeus

Era noite de lua cheia. Numa rua deserta, uma linda moça chamada Aurora caminhava sozinha e, por descuido, esbarrou num moço chamado Jackson, deixando seu lenço cair. Ao ver a moça, Jackson ficou encantado com tanta perfeição e acompanhou-a com o olhar até misteriosamente sumir na imensidão da noite.
Sob a luz do olhar, Jackson prosseguiu caminhado e avistou no chão o lenço deixado por Aurora. Ao pegá-lo sentiu o doce perfume da moça. Já não restavam dúvidas, Jackson estava apaixonado.
Assim como o rapaz, Aurora fixou a imagem de perfeição em seu pensamento, e não esquecia um só minuto aquele jovem que a conquistou de maneira tão sublime, e que nem imaginava que pudesse existir amor tão profundo.
Os anos foram passando, os pais de Aurora concluíram que estava na hora dela se casar. Sendo assim, arranjaram um moço chamado Augusto, que além de rico, possuía inúmeras terras.
Dito e feito realizaram o casamento. Mesmo depois de anos e estando casada, Aurora não tirou Jackson, seu grande amor do passado de sua memória. Decidiu então, contar para Augusto que não o amava. Ele, por sua vez, desesperado, resolveu tomar uma providência!
Não suportando saudade e angústia, Jackson resolve ir á busca de seu grande amor, mas carregava consigo a incerteza de reencontrá-la e ainda não sabia por onde aquela bela moça vivia. Pensando nisso optou por ir ao mesmo local do primeiro e único encontro.
Por coincidência do destino, eles se reencontram!
Jackson, surpreso em revê-la, fez juras de amor, prometendo não abandoná-la outra vez. Aurora o interrompe com lágrimas, dizendo não poder retribuir tanto amor. Ele não compreende o motivo dessa rejeição e pede explicação. Aurora pede a ele que a siga para um lugar em que revelaria sua verdadeira história.
Ela o encaminha para um cemitério e mostra-lhe um túmulo de uma moça. Ele, ao ver a foto da lápide, reconhece sua amada e começa a chorar.
Ela, então, explica dizendo:
Esse amor me custou à vida! Dentro desse longo tempo me casei, mas meu esposo não suportou meu amor por outro rapaz e resolveu por um fim em minha vida, mas nem mesmo a morte foi capaz de separar um grande amor. Por isso, estou aqui, para dizer-lhe meu último adeus!
Jackson colocou o lenço que fora sua única lembrança de Aurora sobre o túmulo da amada, despedindo-se e prestando sua última homenagem.

Aline Paes, Daiane e Laene, 2º A (EM)

Dead Girl

Em uma cidadezinha do interior, vivia Christopher, um jovem extrovertido, cheio de sonhos e ao mesmo tempo seguro de si. Era daqueles meninos considerados “o melhor da escola”.
Morava com seus pais, Alex e Julie, que preocupados com o futuro de seu filho, acabaram forçando, de certa forma, Christopher a estudar em Craneone, o melhor colégio interno de Filadélfia.
Christopher ao mesmo tempo em que ficou feliz com a escolha de seus pais, ficou triste, pois não queria deixar tudo para trás: sua popularidade, seus amigos, sua escola e, nem mesmo, sua própria família.
Infelizmente é chegado o dia tão esperado. Despediu-se de sua família e partiu. Chegou em Filadélfia, se sentiu um peixinho fora d’ água. Tudo que o rodeava era diferente, as pessoas, o olhar delas e os barulhos, que eram tenebrosos, isso porque não havia conhecido o colégio onde iria estudar.
Chegando em Craneone, deparou-se com uma garota totalmente diferente. Era ela, Hellena, linda e atraente. Mas não era assim como todos a enxergavam. Era conhecida como “a garota cadáver”.
Christopher e Hellena se apaixonaram á primeira vista. Com essa paixão ele não tinha ânimo para nada, só para ficar com ela. Parecia que todas as forças que tinham nele, ela tinha consumido totalmente só pra ela.
Até que um dia, ele não aguentou mais! Já estava sem forças e tinha a intenção de terminar tudo, mas não conseguia, pois algo muito estranho dentro dele não deixava. Ele sempre tentava, mas quando chegava a hora de “terminar”, era impossível para ele.
Um dia, muito determinado, foi até ela e contou o que estava acontecendo. Hellena agiu, de uma maneira muito esquisita, quando ele falou que queria terminar tudo. Ficou perturbada e começou a virar os olhos, e realmente todos enxergavam uma garota estranha com uma fisionomia horrível, olhar assustador, vestida de preto e muito pálida.
Para Christopher, ela tinha desmaiado, pois não tinha como ver e nem ouvir se ele estava respirando, mas quando chegou perto dela, já estava gelada, desde o primeiro encontro.
Christopher não acreditou no que aconteceu, tanto porque não havia entendido. Contudo, ficou se sentindo culpado e se lamentando. De tanta raiva de si, não derramou uma lágrima se quer.
Na realidade, depois daquele momento e já passado alguns dias, Christopher almejava vê-la novamente, não importava se viva ou morta, mas o que queria, simplesmente, era olhar mais uma vez para os olhos daquele linda e atraente mulher, como a havia conhecido.
Abismado com a situação, começou  a investigar o que Hellena era, o que fazia e o que demonstrava pensar, antes ainda dele chegar ao colégio.
Ninguém sabia falar muito a respeito, diziam que ela ficava sempre pelos cantos, não gostava de ficar com garotos. Resumindo: era muito diferente das outras garotas.
Christopher ficou com muito medo e impressionado com o pouco que havia descoberto sobre Hellena. Isso porque não sabia que ela fazia parte de um mundo que não pertencia ao real.
Em uma noite, com o desejo de vê-la pela última vez, foi ao cemitério, local onde Hellena, foi enterrada, e começou a cavar o mais fundo que pôde, até o caixão. Antes de abri-lo, percebeu que na foto do túmulo, havia apenas alguns borrões.
Abriu o caixão e lá estava o corpo de Hellena, como tinha visto pela última vez. Em instantes, quando menos se esperava ele vê um vulto e, de repente, vê apenas folhas que voavam durante aquela noite.
Em seguida, o vento ficou cada vez mais forte em volta dele, como se fosse um redemoinho. Conseguindo se livrar desse vendaval, viu que o túmulo de sua amada já não estava mais ali, Hellena desapareceu e, infelizmente, Christopher nunca mais teve notícias do túmulo e muito menos dela. Ele continuou sempre se lembrando dela. Hellena “a garota cadáver”.

Graziele e Salma, 2º A (EM)

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